domingo, 25 de outubro de 2015

PLURALIDADE, IGUALDADE E UNIDADE DO SER*



PLURALIDADE, IGUALDADE E UNIDADE DO SER

Por: Júlio Nessin

 

Quero falar à humanidade sobre a sua maravilha de ser um ser plural na riqueza cultural de seus povos, de seus ritmos; de suas formas variavelmente distintas e impares; e de suas cores, tons e gestos.

Mas também quero gritar pela igualdade no direito do ser e de viver humanamente... E no silêncio harmônico do aparente caos dos UNIVERSOS, quero refletir e contemplar a unidade da vida: desde o movimento dos átomos, ao estado “estático-dinâmico” do pensamento do Espírito.

Somos um na pluralidade de tudo, temos a mesma origem e somos constituídos dos mesmos elementos básicos da vida...

Biológica, psíquica e espiritualmente, necessitamos das mesmas coisas para nos mantermos vivos e capazes.

Revestidos de formas diferentes, somos todos essencialmente iguais e unidos somos apenas um.

A nossa pluralidade é a beleza da composição harmônica de cores e formas, criada e desenvolvida pelo absoluto ARTISTA dos multiversos...

O preto, o branco, o amarelo e o índio, são variações tonais que dinamizam a obra-de-arte da vida, regido por Esta Inteligência Cósmica. E nós que somos uma parte modesta deste magnífico sistema, denominamo-nos de seres “inteligentes'” e causamos as mais absurdas burrices que a razão pode conceber: ignoramo-nos, dividimo-nos e destruímo-nos:

Somos uns boçais!

Partindo desta reflexão, somos forçados a nos libertamos do jugo da imbecilidade formada de preconceitos. Neste momento eu conclamo a todos, homens e mulheres: Apartai-vos urgentemente da mediocridade do racismo, da guerra santa, da discriminação sexual, social, política, econômica ou cultural; apartai-vos da violência ao seu próximo e consequentemente da violência a si próprio.

Somos todos irmãos, frutos da mesma árvore, temos os mesmos direitos e é de direito respeitarmos esta Lei!... Reflitamos sobre isso... Somos UM no TODO universal!

Viva a riqueza plural e a igualdade substancial da unidade divina da vida!... O amor.

Amemo-nos!

 

Discurso de posse na “Comissão Executiva de Reflexão ao Centenário da Abolição da Escravatura no Brasil” - Reitoria da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Salvador, maio de 1980